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TEXTO DO MANIFESTO DO GRUPO RUPTURA – 1952

ruptura

charoux – cordeiro – de barros – fejer – haar – sacilotto – wladyslaw

a arte antiga foi grande, quando foi inteligente.

contudo, a nossa inteligência não pode ser a de Leonardo.

a história deu um salto qualitativo:

não há mais continuidade!

  • os que criam formas novas de princípios velhos.

então nós distinguimos

  • os que criam formas novas de princípios novos.

por que?

O naturalismo científico da renascença – o método para representar o mundo exterior (três dimensões) sobre um plano (duas dimensões) – esgotou sua tarefa histórica.

foi a crise foi a renovação

hoje o novo pode ser diferenciado precisamente do velho. nós rompemos com o velho por isto afirmamos:

                é o velho

  • todas as variedades e hibridações do naturalismo;
  • a mera negação do naturalismo, isto é, o naturalismo “errado” das crianças, dos loucos, dos “primitivos”, dos expressionistas, dos surrealistas, etc….;
  • o não-figurativismo hedonista, produto do gosto gratuito, que busca a mera excitação do prazer ou do desprazer.

                é o novo

  • as expressões baseadas nos novos princípios artísticos;
  • todas as experiências que tendem à renovação dos valores essenciais da arte visual (espaço-tempo, movimento, e matéria);
  • a intuição artística dotada de princípios claros e inteligentes e de grandes possibilidades de desenvolvimento prático;
  • conferir à arte um lugar definido no quadro do trabalho espiritual contemporâneo, considerando-a um meio de conhecimento deduzível de conceitos, situando-a acima da opinião, exigindo para seu juízo conhecimento prévio.

arte moderna não é ignorância, nós somos contra a ignorância.